#102: SKU

Se você já tentou organizar sua despensa e percebeu que precisava de um jeito mais eficiente de saber o que tinha e onde estava cada item, você já entendeu o conceito por trás do SKU, mesmo sem saber! Seja no varejo, na indústria ou até na sua própria casa, manter um estoque organizado é fundamental para evitar desperdícios e facilitar o acesso aos produtos, e o SKU é um dos principais aliados neste sentido, garantindo controle, rastreabilidade e eficiência operacional. Mas como ele funciona na prática? Vamos explorar todos os detalhes neste artigo!

Conceito

SKU (Stock Keeping Unit), ou Unidade de Manutenção de Estoque, é um código único usado para identificar produtos dentro de um estoque. Parece algo complexo, mas, na prática, funciona como um CPF para cada mercadoria. A ideia do SKU surgiu da necessidade de controlar melhor os estoques, onde antes da automação, o controle de produtos era feito manualmente, o que levava a erros frequentes, perdas e dificuldade para localizar mercadorias. Com a evolução do comércio e o crescimento das grandes redes de lojas, a utilização dos códigos SKU se tornou indispensável.

Além disso, o SKU permite a integração de diferentes canais de venda. Uma loja que vende tanto online quanto física pode, por exemplo, sincronizar seu estoque em tempo real, evitando problemas como vender um produto que já está esgotado. Essa padronização também facilita o monitoramento de tendências de consumo, ajudando empresas a entenderem quais produtos são mais procurados e quando precisam ser reabastecidos.

Por que o SKU é tão importante?

Imagine que você tem uma loja de roupas e vende camisetas em diferentes cores, tamanhos e modelos. Se você cadastrasse tudo apenas como “camiseta”, ficaria impossível saber quantas camisetas vermelhas tamanho G você ainda tem no estoque. Com um SKU bem estruturado, cada variação do produto recebe um código único, facilitando a gestão e reposição de mercadorias. Os SKUs não seguem um padrão universal, ou seja, cada empresa cria seus próprios códigos conforme sua necessidade. Poderíamos ter, por exemplo, P-BAS-MASC-VERM (para uma camisa básica masculina vermelha do tamanho P) ou M-REG-MASC-AZUL (para uma regata masculina azul do tamanho M).

E se você acha que SKU é algo distante do seu dia a dia, pense na última vez que foi ao supermercado: já reparou que os caixas passam cada item em um leitor de código de barras? Por ser um código único e global, os supermercados costumam utilizá-los como SKU para saber exatamente quantas unidades daquele item ainda estão disponíveis, evitando rupturas de estoque ou excessos. Além do varejo, os SKUs são importantes para indústrias e distribuidores, permitindo rastrear lotes específicos de produtos, o que é particularmente útil para recalls, onde precisam retirar um lote específico do mercado sem afetar os demais.

Códigos de SKUs bem definidos permitem saber quantos itens de cada modelo estão disponíveis em estoque, com detalhamento de tamanho e cor, como no exemplo das camisas.

Desafios e tendências

Implementar um cadastro de SKUs passa por muitos desafios, e talvez o maior deles é a criação desorganizada de códigos. Se uma empresa não estabelece um padrão desde o início ou tem dificuldades em manter este padrão, a sua utilização pode resultar em um sistema confuso e difícil de gerenciar. Por isso, é fundamental definir uma estrutura lógica e intuitiva para os códigos, garantindo que qualquer funcionário consiga entender e usar o sistema sem dificuldades, além de permitir a criação de novos códigos sempre que necessário. Uma das lógicas mais aplicadas é a utilização do código de barras, pois como dissemos anteriormente, é um identificador único no mercado e funciona bem para este propósito, mas se a empresa deseja adotar outros padrões (números ou combinações de siglas como no exemplo das camisas), não é um problema, desde que o padrão seja mantido para toda a linha de produtos.

Para empresas que operam tanto no varejo físico quanto no e-commerce, garantir que os SKUs estejam corretamente integrados entre os diferentes sistemas é essencial. Qualquer divergência pode resultar em problemas de sincronização de estoque, vendas duplicadas ou dificuldades na gestão de pedidos. Além disso, uma integração mal planejada pode levar a erros operacionais, como a venda de um item que já está esgotado ou a falha na atualização de quantidades disponíveis.

Para contornar esses problemas, o uso de softwares de gestão de estoque, como ERPs e WMS, permitem que empresas automatizem a atualização dos códigos e façam previsões mais precisas de reposição de mercadorias. Isso reduz desperdícios e melhora a experiência do cliente, que sempre encontrará os produtos que deseja disponíveis. Outra tendência é o uso de tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência) em conjunto com SKUs, permitindo que empresas rastreiem produtos sem a necessidade de leitura manual. Isso é especialmente útil em centros de distribuição de grande escala, onde a eficiência é essencial para atender às demandas do mercado.

Tecnologias adicionais, como códigos de barras e etiquetas RFID, ajudam na correta identificação dos SKUs e a manter uma boa organização dos estoques

O SKU pode parecer um simples conjunto de letras e números, mas é um dos pilares da organização logística. Seja no varejo físico, no e-commerce ou em um grande centro de distribuição, ele facilita o rastreamento, otimiza a reposição de estoque e melhora a experiência do consumidor.

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